“Estou feliz porque nesses dois anos nós já aumentamos o salário mínimo em 11%, e tem gente que acha que eu não deveria aumentar o mínimo porque atrapalha a Previdência. E eu vou continuar aumentando o mínimo, porque quem ganha o salário mínimo tem que ser respeitado. Por que eu vou tirar o direito do aposentado receber um aumento do salário mínimo? Por que eu vou tirar?”, indagou.
“Como funciona o aumento que nós damos? Primeiro, a inflação. Nós somos obrigados a repor a inflação, para manter o poder aquisitivo das pessoas. Depois, a gente pega a média do crescimento da economia brasileira de dois anos e dá de aumento. Por que a gente dá isso? Porque se a economia cresceu 3%, não foi o presidente da República que fez ela crescer. Foram vocês que trabalharam que fizeram a economia crescer. Então esse crescimento tem que ser repartido, para que todo mundo tenha um pedaço desse crescimento. Se não, fica apenas na mão de um ou de meia dúzia. E por isso eu tenho dito: muito dinheiro na mão de poucos significa miséria, pobreza, analfabetismo; agora, pouco dinheiro na mão de muitos significa crescimento econômico, distribuição de renda, emprego, salário, significa melhorar a qualidade de vida das pessoas” acrescentou Lula.
A fala de Lula vetando a desvinculação ocorre após setores do próprio governo discutirem a possibilidade para garantir a meta de déficit zero em 2024. O presidente também aproveitou o discurso para exaltar outros feitos econômicos de sua gestão: “a economia está bem, os investimentos estão bem, a massa salarial está crescendo, a inflação está caindo. Em apenas 18 meses nós geramos 2,73 milhões de empregos formais, com carteira assinada, nesse país. Estou feliz porque a gente já cumpriu uma parte dos meus compromissos de campanha de isentar do pagamento de Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos - e vamos chegar a R$ 5 mil”.