Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) feita em conjunto com o Instituto Federal de Goiás (IFG) mostrou que os governos de Michel Temer (2016-2019) e Jair Bolsonaro (2019-2022) foram os que mais diminuíram o investimento público federal no esporte. A ferramenta Transparência no Esporte confirma essa redução, especialmente no Bolsa Atleta e em recursos para os Jogos Olímpicos.
Os dados da pesquisa Transparência no Esporte (UnB/IFG) mostram que os dois governos juntos, em um tempo de 7 anos, promoveram cortes expressivos nos investimentos federais no esporte, impactando diretamente o Bolsa Atleta e outros programas. O pico de pagamentos do Bolsa Atleta ocorreu em 2014, durante o governo Dilma, com mais de R$ 247 milhões.
Com 33 anos, Caio Bonfim, um dos beneficiários do Bolsa Atleta desde sua criação, conquistou a medalha de prata na marcha atlética, uma das provas mais tradicionais das Olimpíadas. O atleta brasiliense, que cresceu admirando Joaquim Cruz, atribuiu sua conquista ao programa que o apoia desde o início de sua carreira e que já beneficiou mais de 9 mil atletas.
De acordo com dados da Secretaria de Comunicação Social, 98% dos atletas brasileiros em Paris já foram beneficiados pelo programa em algum momento de suas trajetórias e 87% deles ainda recebem o benefício atualmente.
Essa semana, Marcos Mion voltou ao Instagram para “justificar” as polêmicas envolvendo suas declarações sobre os salários pagos aos atletas no Brasil. Segundo o apresentador, ele pesquisou no site “salario.com” e constatou que eles recebem, em média, R$ 2 mil. Porém, isso não é verdade, e o próprio site que ele utilizou mostra isso. A web também lembrou que foi a gestão anterior que cortou o bolsa atleta e extinguiu o Ministério dos Esportes. Agências de checagem também desmentiram o apresentador sobre as informações.
Desde o governo Michel Temer (PMDB), o programa Bolsa Atleta começou a enfrentar dificuldades financeiras. Em 2017, o orçamento foi reduzido pela metade, de R$ 140 milhões para R$ 70 milhões. A situação teria se agravado durante o governo Jair Bolsonaro (PL). e acordo com dados do Ministério do Esporte, a divisão é feita da seguinte forma:
No pronunciamento em que negou ter atacado Lula, Mion expressou descontentamento com a discussão política gerada em torno de seu desabafo sobre os esportes e afirmou que “não pretende” abordar esse tema em suas redes sociais. "Como eu condicionei essa atual condição ao histórico do governo brasileiro, eu abri precedente, sem querer, para uma disputa política. Eu cometi um erro. Eu falei assim: 'o nosso governo que não construiu uma tradição de investimento no esporte'. Obviamente, eu estava me referindo ao nosso governo brasileiro. Mas os gladiadores políticos da internet viram a brecha, tiraram de contexto e interpretaram que eu estava falando do nosso governo atual. O que também não é uma verdade, gente, não é”, declara. Leia tudo nesta matéria da Fórum.