Fred Trump III, filho de Fred Trump Jr., irmão mais velho de Donald que morreu em 1981, descreve um relacionamento complexo e muitas vezes contraditório com seu tio. Apesar de momentos calorosos, como assistir a programas de TV juntos e jogar golfe, Fred também narra episódios perturbadores que revelam um lado sombrio do ex-presidente.
Uma dessas revelações inclui um incidente ocorrido no Salão Oval, onde Donald Trump, segundo Fred, sugeriu que pessoas com deficiências graves deveriam “simplesmente morrer” devido ao custo elevado de seus cuidados. Esse comentário teria sido dirigido ao próprio filho de Fred, que sofre de uma condição médica rara. A insensibilidade do ex-presidente teria sido o catalisador para Fred decidir escrever o livro.
O livro também menciona um episódio na década de 1970, quando Fred alega ter ouvido seu tio usar um insulto racial após um incidente envolvendo danos ao seu carro. Fred destaca que, embora Donald Trump tenha crescido em um ambiente de “nós contra eles” no Queens, seu pai, Fred Trump Jr., nunca usou tal linguagem.
Além disso, Fred Trump detalha a rixa familiar que ocorreu após ser cortado do testamento de seu avô, resultando em uma batalha legal amarga e pública. Mesmo após a resolução da disputa, as tensões familiares continuaram.
Steven Cheung, porta-voz da campanha de Trump, classificou o relato de Fred como “completamente inventado e uma notícia totalmente falsa da mais alta ordem”. Ele afirmou que o ex-presidente nunca usaria a linguagem atribuída a ele por Fred.
Fred Trump revela ainda que votou em Hillary Clinton em 2016 e em Joe Biden em 2020, admitindo que a presidência de seu tio dificultou o uso do sobrenome Trump, chegando ao ponto de encontrar galinhas mortas espalhadas em seu gramado em Connecticut.
No final do livro, Fred narra uma visita a seu tio após a presidência, onde Donald Trump teria ficado alarmado ao ouvir que o nome Trump estava “tóxico”. Ao sair, o ex-presidente o advertiu: “Nunca diga que o nome Trump é tóxico. Nunca diga isso.”