Em relatório global divulgado neste domingo (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) apontam que o Brasil, diferentemente do restante do mundo, aumentou sua cobertura vacinal entre crianças e conseguiu deixar a lista dos 20 países com piores índices de imunização infantil.
De acordo com o documento, em 2023, primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil diminuiu para 103 mil o número de crianças que não receberam nenhuma dose da vacina DTP1, uma imunizante contra difteria, tétano e coqueluche. Em 2021, este número era de 687 mil. Além disso, o número de crianças que não foram imunizadas com a terceira dose caiu de 846 mil para 257 mil no mesmo período.
A
melhora no índice é resultado direto da retomada das campanhas de
vacinação feitas pelo governo Lula através do Sistema Único de Saúde
(SUS). Após quatro anos marcados pelo negacionismo científico de Jair
Bolsonaro, que em plena pandemia do coronavírus pregava contra as
vacinas, o atual presidente colocou a vacinação em massa entre as
prioridades de seu mandato.
Vacinação infantil no mundo
Apesar do Brasil ter aumentado a cobertura vacinal infantil, o restante do mundo vem seguindo o caminho contrário, segundo o relatório da OMS e Unicef.
A cobertura global de imunização de crianças ficou estagnada em 2023 – em relação aos níveis pré-pandemia de 2019, 2,7 milhões de crianças a mais não foram vacinadas ou ficaram com imunização incompleta.
“As últimas tendências demonstram que muitos países continuam deixando de vacinar muitas crianças. Fechar a lacuna de imunização requer um esforço global, com governos, parceiros e líderes locais investindo em assistência médica primária e trabalhadores comunitários para garantir que todas as crianças sejam vacinadas e que a assistência médica geral seja fortalecida", afirmou a Diretora Executiva da Unicef, Catherine Russell.
"Essas tendências, que mostram que a cobertura global de imunização permaneceu praticamente inalterada desde 2022 e – mais alarmantemente – ainda não retornou aos níveis de 2019, refletem desafios contínuos com interrupções nos serviços de saúde, desafios logísticos, hesitação em relação à vacinação e desigualdades no acesso aos serviços", diz trecho do relatório.
Confira os dados completos aqui.