Segundo a PF, o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações, foi um dos alvos da vigilância, juntamente com Dias Toffoli, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte.
De maneira reservada, os magistrados destacam como “digna de preocupação” o caráter revelador dos eventos que envolveram a mobilização interna na agência de inteligência durante a gestão bolsonarista, direcionada contra membros do STF, conforme informações do Globo.
Até o momento, os ministros concluem que os esforços da “Abin paralela” não alcançaram êxito. Apesar da tentativa de mobilização para impactar membros do STF, os agentes não conseguiram realizar suas intenções.
Fachada da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, em Brasília. Foto: Reprodução/Abin
Segundo um dos magistrados, o relatório da PF revela as práticas da “Abin paralela”, evidenciando a maneira desconsiderada com que suas operações eram conduzidas.
As investigações da PF indicam, por exemplo, discussões entre membros da estrutura paralela sobre ações violentas contra Alexandre de Moraes, incluindo propostas de “head shot”, ou seja, disparos na cabeça do magistrado.
Em mensagens datadas de agosto de 2021, participantes da estrutura paralela mencionaram um inquérito da PF sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde um dos investigados lamentou: “Tá ficando foda isso. Esse careca tá merecendo algo a mais”.
Outro participante respondeu: “7.62” (calibre de munição). Em seguida, sugeriu: “head shot”, indicando a intenção de um tiro na cabeça.