De acordo com documentos policiais, entre os alvos estavam políticos de renome e diversas personalidades públicas. Foram visados o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e seu antecessor, Rodrigo Maia, aliados do presidente atual, Luiz Inácio Lula da Silva, como o senador Randolfe Rodrigues, e figuras conservadoras, incluindo o ex-governador de São Paulo, João Doria. Também foram mencionados quatro juízes do Supremo Tribunal Federal, jornalistas e funcionários da agência ambiental Ibama.
As investigações apontam que Alexandre Ramagem, então chefe de espionagem, organizou uma "organização criminosa de alta capacidade ofensiva" dentro da Abin, utilizando técnicas clandestinas para coletar informações e criar desinformação online, afetando a reputação dos alvos e prejudicando as instituições democráticas do Brasil. Membros dessa unidade secreta também teriam focado em funcionários da Receita Federal envolvidos em investigações de corrupção relacionadas ao filho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, que nega qualquer envolvimento no esquema. Ramagem ainda não respondeu às recentes acusações, embora tenha negado anteriormente qualquer irregularidade durante sua gestão na Abin.