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“Gabinete do ódio”: PF cumpre 5 mandados de prisão contra Abin paralela de Bolsonaro

A investigação também foca em ex-integrantes da Abin durante a gestão de Alexandre Ramagem (PL-RJ)

Publicada em 11/07/24 às 11:41h - 7 visualizações

DCM


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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (11) a 4ª fase da Operação Última Milha, que investiga supostos desvios na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo Bolsonaro e a atuação do chamado “gabinete do ódio”.

Os agentes federais estão cumprindo cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ações estão ocorrendo em Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP.

Entre os alvos de prisão está Mateus Sposito, ex-assessor do Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro, suspeito de fazer parte do gabinete do ódio. Além disso, José Matheus Sales, ex-assessor do Palácio do Planalto, foi alvo de busca e apreensão, conforme informações do colunista Aguirre Talento, do UOL.

Sem ter sua casa entre os endereços da operação desta manhã, o vereador Carlos Bolsonaro (PL), o filho “02” do ex-presidente, também é investigado pela PF. Em janeiro deste ano a corporação fez buscas em sua residência, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, mas ele teria se antecipado e saído do local “para pescar”.

Quem é Alexandre Ramagem, aliado de Jair Bolsonaro que comandava a Abin - EstadãoAlexandre Ramagem e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

A investigação também foca em ex-integrantes da Abin durante a gestão de Alexandre Ramagem (PL-RJ), atual deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro. Há suspeitas de que a agência tenha sido utilizada para produzir e divulgar notícias falsas de forma clandestina.

Nesta fase, a PF está investigando se a Abin atuou ilegalmente para espalhar fake news sobre membros dos Três Poderes e jornalistas, além de acessar ilegalmente computadores, telefones e infraestrutura de telecomunicações para monitorar indivíduos e agentes públicos.

“Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio”, informou a PF, em nota.




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