Agência Gov – De maio de 2023 a maio deste ano, a população ocupada no Brasil aumentou em 2,93 milhões de pessoas, sendo 1,5 milhão delas com carteira assinada. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (28).
Durante o governo Lula, o mercado de trabalho tem mostrado sinais consistentes de recuperação. Desde maio do ano passado, foram criadas 2.931.000 vagas de trabalho, entre formais e informais. Mais da metade dessas novas vagas são com carteira assinada: 1.500.000.
A pesquisa analisou o trimestre móvel entre março e maio, revelando um aumento significativo na população ocupada. No mesmo período do ano passado, o número de trabalhadores no Brasil era de 98,4 milhões. Em 2024, esse número subiu para 101,3 milhões. Além disso, a taxa de desemprego para pessoas de 14 anos ou mais atingiu o menor nível desde maio de 2014, com 7,1%.
Outro dado relevante é o rendimento médio real dos trabalhadores, que no trimestre encerrado em maio foi de R$ 3.181. Apesar de não haver variação significativa no trimestre, houve um aumento de 5,6% em comparação ao ano anterior. Com a elevação tanto no rendimento quanto na ocupação, a massa de rendimentos, que soma todas as remunerações dos trabalhadores no país, alcançou R$ 317,9 bilhões, um novo recorde da série histórica iniciada em 2012. Isso representa um aumento de 2,2% (mais R$ 6,8 bilhões) em relação ao trimestre anterior e de 9,0% (mais R$ 26,1 bilhões) em 12 meses.
Expansão em Diversos Setores
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados tanto no setor formal quanto no informal. "Isso demonstra que diversas atividades econômicas estão registrando um aumento em seus contingentes de trabalhadores", afirma Adriana.
A pesquisa também revelou que o número de empregados com carteira assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) atingiu 38,326 milhões, um novo recorde da série histórica da Pnad Contínua. Houve um aumento de 0,9% (330 mil pessoas) no trimestre e de 4,1% (1,5 milhão de pessoas) no ano.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado também atingiu um novo recorde, com 13,7 milhões de pessoas, representando aumentos de 2,9% (383 mil pessoas) no trimestre e de 5,7% (741 mil pessoas) no ano.
Setor Público e Trabalhadores Autônomos
O número de trabalhadores por conta própria manteve-se estável, assim como o número de empregadores e trabalhadores domésticos. O setor público, entretanto, registrou crescimento, com 12,5 milhões de empregados, representando um aumento de 4,3% (517 mil pessoas) no trimestre e de 3,9% (469 mil pessoas) no ano.
A taxa de informalidade ficou em 38,6% da população ocupada, ligeiramente abaixo dos 38,7% do trimestre móvel anterior e dos 38,9% do mesmo trimestre em 2023.