Na entrevista em que revelou o conluio entre setores da mídia, capitaneados pela Globo, e os repResentantes do neoliberalismo que aderiram ao fascismo bolsonarista, Lula elevou o tom contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparando o papel dele com o de Sergio Moro como "paladino da justiça", que tem o "rabo preso" e trabalha para prejudicar o país.
Após dizer, logo no início da entrevista à CBN, que o presidente do BC "tem lado", Lula citou a festa realizada pelo governador de São Paulo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) para homenagear Campos Neto e fez a comparação com o ex-juiz da Lava Jato, que hoje perambula pelas margens do Senado Federal.
"Sinceramente, tem mais do que eu", disse Lula. "Porque não é que ele encontrou o Tarcísio em uma festa. A festa foi do Tarcísio para ele, uma homenagem que o governo de São Paulo fez para ele. Certamente porque o governador de São Paulo está achando maravilhosa uma taxa de juros de 10,5%".
"Quando ele se autolança a um cargo, eu fico imaginando: nós vamos repetir o Moro? O presidente do Banco Central está disposto a fazer o mesmo papel que o Moro fez? O paladino da Justiça com rabo preso a compromissos políticos?", indagou Lula, fazendo a comparação com o ex-juiz, que foi cultuado pela mídia durante o lawfare da Lava Jato.
Lula explicou então qual o perfil que buscará para substituir Campos Neto no Banco Central.
"O presidente do BC tem que ser uma figura séria, responsável e imune aos nervosismos momentâneos do 'mercado'. Ele tem que dirigir a política monetária desse país levando em conta que a gente precisa controlar a inflação e crescer".
Assista à integra da entrevista