Lira disse a interlocutores que vai esperar a ‘poeira baixar’ para marcar a votação do mérito da proposta e escolher um deputado de “centro” para a relatoria, fugindo do embate entre petistas e bolsonaristas. A ideia é debater o texto nas próximas semanas para rebater as inúmeras críticas.
Segundo a previsão do autor da proposta, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Lira deve segurar o texto por pelo menos duas semanas, já que a Câmara deve funcionar em ritmo lento, devido às festas juninas e um fórum jurídico em Lisboa com a participação de seu presidente. Sóstenes deve promover mudanças no texto a fim de conseguir maior apoio. Uma delas é incluir um artigo para aumentar a pena para o crime de estupro dos atuais 10 anos para 30 anos.
Em entrevista ao blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, Arthur Lira defendeu a proposta. “Não avança para legalizar. Nem retroage sobre casos de aborto previstos em lei. Não há hipótese de o projeto avançar nesses casos previstos em lei”, disse.