A corporação tem usado recursos de inteligências para buscar os fugitivos e descobrir suas rotas. Investigadores acreditam que alguns deles pediram asilo na Argentina, comandada pelo presidente de extrema-direita Javier Milei. A possibilidade de fuga para o Uruguai e o Paraguai é uma das hipóteses investigadas pela polícia por conta da facilidade em cruzar as fronteiras.
O diretor da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que os pedidos de extradição serão enviados para a Argentina ainda nesta semana. O Brasil tem aguardado uma resposta da comissão de refugiados do país para fazer os pedidos de repatriação.
O embaixador brasileiro na Argentina, Julio Bitelli, relatou que recebeu do Brasil uma lista com 143 condenados pelo 8 de janeiro que estão foragidos e afirmou que “não há informações de que Milei vai ajudar brasileiros que fugiram”.
O governo argentino anunciou nesta segunda (10) que os pedidos de refúgio feitos pelos foragidos serão analisados individualmente. “Se efetivamente houver na Argentina criminosos no sentido que você menciona, o caminho legal correspondente será seguido”, afirmou o porta-voz Manuel Adorni.
O presidente de extrema-direita da Argentina, Javier Milei. Foto: Agustin Marcarian/Reuters
Autoridades da Argentina relataram à polícia brasileira que ao menos 65 investigados pelos atos golpistas buscaram refúgio no país.
Na semana passada, a corporação fez uma operação para prender 209 envolvidos com o ataque que descumpriram medidas cautelares judiciais ou fugiram para outros países. Do total, 47 mandados não foram cumpridos porque os alvos estavam na Argentina.
A PF afirma que os brasileiros foragidos entraram no país sem passar por autoridades na fronteira com a Argentina, em porta-malas de carros, atravessando rios ou a pé.