Um depoente ligado a uma joalheria que foi interrogado pelos policiais federais afirmou que o objeto é valioso e suas pedras podem ser extraídas e comercializadas. Ele relatou, no entanto, que o negócio acabou não sendo concluído.
A suspeita é que a joia também faça parte dos presentes recebidos pelo ex-presidente de um país do Oriente Médio. O objetivo dos investigadores agora é descobrir o paradeiro do item e apurações preliminares apontam que a joia está no mesmo estojo da escultura de palmeira entregue para Bolsonaro durante um encontro entre empresários brasileiros e árabes no Bahrein.
Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Reprodução
Por não ter comprovações da existência das joias por parte do depoente, a PF deve voltar a ouvir o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que fechou delação com a corporação.
Investigadores apuraram que a nova peça não foi alvo da “operação resgate” feita por aliados do ex-presidente para recomprar joias vendidas no exterior após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para devolver os itens.
Além do inquérito da joias, Bolsonaro ainda é investigado no esquema de fraude em cartões de vacinação e no planejamento de golpe de Estado para mantê-lo no poder. A PF se aproxima da conclusão das apurações e a Procuradoria-Geral da República (PGR) planeja apresentar denúncias contra ele até agosto, antes do início da campanha eleitoral.