“Esse problema é profundamente agravado pelo ambiente atual da Câmara dos Deputados, muito tóxico, adoece mesmo, é uma tensão permanente. A forma conforme alguns setores partidários lá agem, da direita, da extrema-direita é muitíssimo agressiva, na base da ofensa pessoal, da vaia, do xingamento, da falta de argumento, falta do bom debate político", afirmou Alencar.
Ele destacou a deterioração do ambiente político na Câmara: “Eu estava fora da câmara e agora vejo nessa volta como o ambiente se deteriorou, como a baixaria se implantou, e muitas vezes a esquerda se acomoda. Um escritor ele diz o seguinte, o problema é que a direita perdeu a civilidade e parte da esquerda perdeu o sonho. Sem dimensão utópica, sem a qual a gente não caminha, não se faz boa política."
Sobre o incidente que levou à hospitalização de Erundina, o deputado relatou: "A Luiza teve a sua saúde agravada até precisar ser hospitalizada porque em uma sessão da Comissão de Direitos Humanos, ela lia um relatório sobre os crimes da ditadura empresarial militar de 64, e a pressão era muito grande, a vaia, interrupção e tal, e é claro que ela, e qualquer um, se abate muito com isso. E aí ela começou a ter falta de ar, saiu para ser atendida pelo departamento médico da casa, num carrinho, e teve gente filmando. Essa obsessão da lacração, do link, do like é uma coisa horrorosa."
Erundina
passou mal após um discurso de 6 minutos na Comissão de Direitos
Humanos, ao defender um projeto de lei que responsabiliza o Estado
Brasileiro a identificar publicamente locais utilizados na ditadura
militar para repressão política. A sessão foi suspensa após o ocorrido.