“A política está distante dos quartéis, como tem que ser. A lógica que prevaleceu é a do cumprimento do que está previsto na Constituição. Isso está cada vez mais consolidado. Este é o único caminho que a gente tem na direção de ser um país moderno”, afirmou Tomás Paiva em entrevista ao jornal O Globo.
Quando Villas Bôas fez o post às vésperas do julgamento do habeas corpus de Lula, em 2018, Tomás Paiva era chefe do gabinete militar, elogiou a nota e concordou com a publicação. Ele afirma que faria diferente se estivesse no comando da Força na ocasião, mas negou que a declaração tinha como objetivo pressionar o Supremo.
“Eu acho que o comandante do Exército aqui tinha que ter sido mais veemente no assessoramento. Acho que nós erramos. Não vou julgar também o comandante anterior, a quem eu tenho toda a lealdade. Acho que é um erro coletivo. Não deveria ter sido publicado. Eu era chefe de gabinete e sou corresponsável por isso, apesar de ser um outro momento político”, prosseguiu.