Moisés Mendes disse que "Eduardo Leite produziu provas contra si e não pode liderar a reconstrução". Segundo o jornalista, Leite "é um cara fraco para conduzir a reconstrução do Rio Grande do Sul". Mendes destacou que as entrevistas concedidas por Leite aos jornais Folha de S.Paulo e O Globo tinham um "tom colegial" e criticou a postura do governador: "não parece que quem fala é a maior autoridade do estado, infelizmente. Ele cometeu essa gafe ao admitir que estava preocupado com questões fiscais em detrimento das questões ambientais".
Mendes também afirmou que "Leite é parte de toda a estrutura de ações destrutivas e negacionistas, que ignoram todos os alertas em relação às questões ambientais. Não só essas, mas questões sociais, questões de solo e de convivência". Para o jornalista, o maior erro das entrevistas de Leite foi o desprezo pela inteligência dos pesquisadores do Rio Grande do Sul: "O maior erro da entrevista de Leite a estes dois veículos da grande mídia, que ele, inclusive, trata com deboche, é o desprezo dele pela inteligência dos pesquisadores do Rio Grande do Sul em todos os aspectos além do climático".
Segundo Mendes, o governador não demonstra as qualidades necessárias para liderar a reconstrução do estado: "Ele não tem clareza, não tem empatia, ele não passa emoção. Um cara que cada vez que se manifesta acaba produzindo provas contra ele mesmo, de que ele não tem condições de participar sozinho desse esforço da reconstrução do Rio Grande do Sul".
A crítica de Mendes ocorre em um contexto de polêmica sobre a gestão de Leite em relação às mudanças em normas ambientais e a resposta às enchentes que causaram 157 mortes no estado. Leite negou que as alterações nas normas ambientais adotadas em 2020 estejam relacionadas à crise climática atual e afirmou que a prioridade do governo era a questão fiscal, não a prevenção de desastres.