A crise climática já se tornou realidade no país, como ficou evidenciado pelo intenso volume de chuvas no Rio Grande do Sul que já afetou mais de 1,9 milhão de pessoas. Porém, apesar da ciência avisar há anos sobre o novo cenário, grande parte das capitais brasileiras não possuem políticas públicas voltadas para contenção e adaptação climática.
De acordo com o levantamento "Crise climática e desastres socioambientais", feito pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), 15 capitais não possuem Plano Municipal de Mudanças Climáticas. Entre elas, está a cidade de Porto Alegre (RS), que foi uma das mais atingidas pelas chuvas no estado.
Por outro lado, as capitais que possuem o plano são: Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP), Teresina (PI). O Distrito Federal também elaborou a política.
O diretor também ressalta que os eventos extremos no RS reforçam ainda mais a necessidade de preparação adequada para o enfrentamento e prevenção das catástrofes climáticas, por meio de estratégias de respostas, mitigação e adaptação. "O Plano de Mudanças Climáticas é uma das principais ferramentas que possibilita congregar tais estratégicas”, acrescenta.