A Globo foi alvo de protestos por parte de moradores e voluntários envolvidos nos resgates no Rio Grande do Sul. Dessa vez, a hostilização aconteceu em um abrigo de animais improvisado.
Durante uma transmissão ao vivo em Canoas para o Jornal do Almoço, pessoas começaram a entoar o coro de “Globo lixo”, levando o repórter a passar a palavra para o estúdio. Ele mal pôde concluir uma entrevista com um voluntário que explicava o funcionamento de um abrigo para animais na região.
“Vamos organizar melhor aqui e voltaremos em breve para conversar com aqueles que estão incomodados”, disse o jornalista antes de a imagem ser cortada para os estúdios do Jornal do Almoço, da RBS, afiliada da Globo no sul.
Sempre bom lembrar que a emisssora carioca foi a grande protagonista na disseminação do discurso de ódio no país ao, primeiro propagar as mentiras de Moro e procuradores da Lava Jato contra o ex-presidente Lula, que acabou preso, e em seguida no golpe que resultou na queda da ex-presidente Dilma.
A Globo só não imaginava que o seu serviço seria tão bem feito: o nó que deu na cabeça desses fanáticos hoje se volta contra ela própria.
Esse tipo de incidente tem se tornado comum durante a cobertura da imprensa da enchentes. Um voluntário, usando um colete de socorrista, ofendeu a emissora durante uma transmissão ao vivo na CNN: “Globo lixo e fora Lula”, declarou.
Em outra ocasião, o repórter Arildo Palermo, do Jornal da Globo, não conseguiu passar informações após ser informado de que a emissora não era bem-vinda no local. “Vocês, da Globo, não prestam. É um desserviço da Globo. Mentira da mídia”, gritou um homem ao fundo, enquanto Palermo tentava transmitir as notícias.