“Todos os direitos sociais, trabalhistas, sindicais e previdenciários se encontram ameaçados”, denuncia documento da Central Geral dos Trabalhadores, apresentados a uma multidão que marchou pelas ruas de Buenos Aires neste 1º de Maio.
“É um dia de reivindicação e defesa das conquistas e direitos adquiridos que querem vulnerar em desrespeito à voz dos trabalhadores”, acrescenta.
Denuncia ainda o documento da CGT que o governo de Milei “em nome de uma mal interpretada ‘liberdade de mercado’ implementa um arrocho brutal pelo qual sofrem especialmente os setores de menores ingressos, as classes assalariadas, os aposentados e os pensionistas”.
O manifesto da CGT, destaca que o arrocho brutal de Milei que também “libera os preços de alimentos, medicamentos, energia e serviços essenciais, reduzindo o poder de compra dos salários”.
CENTRAIS SE UNEM NO REPÚDIO A ARROCHO DE MILEI
O ato que levou dezenas de milhares às ruas da capital argentina foi unitário e teve a convocação conjunta das três centrais sindicais argentinas (CTA-T, CTA-A e CGT). Teve o apoio ainda da União de Trabalhadores da Economia Popular (UTEP), e da frente universitária para repudiar a política recessiva, de desemprego, corte de salários e direitos perpetrada por Milei.
“Neste 1º de maio não apenas recordamos os nossos mártires que tombaram em defesa dos direitos da classe trabalhadora, mas também reafirmamos convicções e valores”, afirmou o secretário-general da CTA-A, Hugo Godoy. “Solidariedade, organização, comunidade, são fatores fundamentais para construir uma sociedade mais justa, e por isso hoje é um dia de luta para enfrentar este governo neofascista de Milei, que governa por decreto para aprofundar a entrega e o saque dos bolsos dos argentinos”, acrescentou.
Secretário-geral da CTA-T e deputado nacional, Hugo Yasky, destacou que a mobilização reforça a luta “contra a direita e os grupos financeiros” que dentro do Congresso tentam apagar as conquistas sociais e trabalhistas. “Se o que passou na Câmara dos Deputados for aprovado no Senado, só uma em cada 10 mulheres poderá se aposentar”, alertou.
O ato contou com a presença do governador de Buenos Aires, Axel Kicillof e prefeitos de outros municípios argentinos,