A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público no contexto da investigação sobre a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19 – esse indiciamento implica que o processo é encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a investigação.
Segundo a colunista Daniela Lima, do G1, o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) também foram indiciados. Outras 14 pessoas também foram indiciadas pela PF no âmbito das investigações, são elas:
De acordo com as investigações, um grupo ligado ao ex-mandatário brasileiro realizou a inserção de informações fraudulentas acerca de dados da vacinação contra Covid-19 no ConecteSUS para obter vantagens ilícitas. Após isso, retirou as mesmas informações do sistema.
A operação
As ações são fruto de uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em maio de 2023, dentro do inquérito das milícias digitais.
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal. (Foto: Reprodução)
Vale destacar que a PF identificou que os dados falsos foram inseridos poucos dias antes de Bolsonaro viajar aos EUA, em dezembro de 2022 – último mês de mandato como presidente.