Além disso, informações fornecidas por Marcelo Neri, diretor da FGV Social, revelam que a renda real domiciliar per capita teve um salto de 12,5% no último ano. Essa análise considera a renda das famílias dividida pelo total de membros. Ambos os indicadores têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) do IBGE. Para Neri, um dos principais impulsionadores desse aumento na renda em 2023 pode ser atribuído ao efeito do Bolsa Família. Ele destaca que ao direcionar recursos fiscais para programas voltados para os mais pobres, há um efeito multiplicador considerável não apenas na renda, mas também no emprego, contribuindo assim para a redução da pobreza e da desigualdade.
Estudos conduzidos por Neri e outros autores evidenciam a potência multiplicadora de programas como o Bolsa Família na renda e no emprego. Naercio Menezes Filho, do Centro Brasileiro de Pesquisa Aplicada à Primeira Infância, ressalta que para cada R$ 1 adicional per capita oferecido em programas como o Bolsa Família, o PIB per capita do município onde esses recursos são aplicados aumenta em R$ 4.
Esses dados revelam não apenas um avanço significativo na renda do trabalho dos brasileiros, mas também a importância de políticas públicas voltadas para a redução da desigualdade e o estímulo ao emprego, refletindo positivamente no desenvolvimento econômico do país.