"Foi apresentada pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, duas versões da minuta do golpe, avisando que aquilo tinha que ser implementado", revelou o general em seu depoimento à Polícia Federal, conforme detalhes do inquérito em curso. Essa afirmação lançou luz sobre os detalhes do plano golpista e seus participantes.
Para Fernando Horta, a situação é delicada e exige análise cuidadosa. "O general Freire Gomes não pode entregar a cabeça do Bolsonaro e livrar todas as Forças Armadas", destacou o historiador. A questão coloca em xeque não apenas a figura do ex-presidente, mas também a integridade institucional das Forças Armadas brasileiras.
Em meio às discussões sobre os rumos políticos do país, Horta levanta mais uma questão: "E se o Bolsonaro tivesse ganho? Será que ele estaria defendendo a democracia?"
Fernando Horta adverte sobre os perigos de se ignorar o passado. "Se a gente finge que não aconteceu, pode acontecer de novo", alertou. Essa reflexão ressalta a importância da memória histórica como instrumento de prevenção contra retrocessos democráticos e abusos de poder.
Por fim, o historiador analisa as consequências do depoimento do general Freire Gomes. "Depois do depoimento do general Freire Gomes, já não há mais saída legal para o ex-presidente Jair Bolsonaro", afirmou Horta. Esse desdobramento coloca em evidência a necessidade de investigação e responsabilização dos envolvidos, ao mesmo tempo em que reforça a importância da manutenção do Estado de Direito e da democracia no Brasil.