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“O general Freire Gomes não pode entregar a cabeça do Bolsonaro e livrar todas as Forças Armadas”, diz Fernando Horta

Historiador analisa as revelações do General Freire Gomes

Publicada em 06/03/24 às 18:18h - 12 visualizações

Brasil 247


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“O general Freire Gomes não pode entregar a cabeça do Bolsonaro e livrar todas as Forças Armadas”, diz Fernando Horta
 (Foto: 247/Divulgação)
Em meio às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado do dia 8 de janeiro de 2023, o depoimento do general Marco Antonio Freire Gomes trouxe à tona informações cruciais sobre os bastidores dessa trama política. Em entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o historiador Fernando Horta discutiu as implicações desse depoimento e o panorama político que se desenha no Brasil.

"Foi apresentada pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, duas versões da minuta do golpe, avisando que aquilo tinha que ser implementado", revelou o general em seu depoimento à Polícia Federal, conforme detalhes do inquérito em curso. Essa afirmação lançou luz sobre os detalhes do plano golpista e seus participantes.

Para Fernando Horta, a situação é delicada e exige análise cuidadosa. "O general Freire Gomes não pode entregar a cabeça do Bolsonaro e livrar todas as Forças Armadas", destacou o historiador. A questão coloca em xeque não apenas a figura do ex-presidente, mas também a integridade institucional das Forças Armadas brasileiras.

Em meio às discussões sobre os rumos políticos do país, Horta levanta mais uma questão: "E se o Bolsonaro tivesse ganho? Será que ele estaria defendendo a democracia?"

Outro ponto abordado na entrevista foi a postura do presidente Lula em relação aos militares. "O presidente Lula também tem sido bastante pragmático na relação com os militares, esquecendo 1964 e querendo punir apenas os do governo Bolsonaro", observou Horta. Essa abordagem pragmática, segundo o historiador, busca estabelecer uma nova relação entre o governo e as Forças Armadas, o que é polêmico dentro do campo da própria esquerda. 

Fernando Horta adverte sobre os perigos de se ignorar o passado. "Se a gente finge que não aconteceu, pode acontecer de novo", alertou. Essa reflexão ressalta a importância da memória histórica como instrumento de prevenção contra retrocessos democráticos e abusos de poder.

Por fim, o historiador analisa as consequências do depoimento do general Freire Gomes. "Depois do depoimento do general Freire Gomes, já não há mais saída legal para o ex-presidente Jair Bolsonaro", afirmou Horta. Esse desdobramento coloca em evidência a necessidade de investigação e responsabilização dos envolvidos, ao mesmo tempo em que reforça a importância da manutenção do Estado de Direito e da democracia no Brasil.




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