O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na manhã desta quarta-feira (6/3) o presidente de Governo da Espanha, Pedro Sánchez, para uma reunião no Palácio do Planalto. Os dois conversam nesta manhã sobre as relações bilaterais, reforma da governança global e as guerras em andamento no mundo, além do futuro do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.
Sánchez foi recebido com honras militares no Planalto e chegou em carro escoltado pelos Dragões da Independência. Ele subiu a rampa do Palácio e cumprimentou Lula no topo. Logo depois, foram executados os hinos da Espanha e do Brasil. Em seguida, o petista e Sánchez tiraram a foto oficial do encontro, e assistiram ao desfile do Batalhão da Guarda Presidencial.
Assinatura de acordos entre Brasil e Espanha
Segundo o Palácio do Itamaraty, Lula e Sánchez "passarão em revista" a relação entre os dois países e discutirão temas do cenário internacional, especialmente a crise no Oriente Médio, a tragédia humanitária na Faixa de Gaza causada pela guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, e a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Também está na pauta do encontro as negociações do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, que já se arrastam há mais de 20 anos. Lula pretendia finalizar as tratativas no ano passado, durante a presidência brasileira do bloco sul-americano, o que não ocorreu. Além isso, será discutida a reforma das instituições de governança global, como a Organização das Nações Unidas (ONU), tema defendido pelo Brasil durante sua presidência do G20.
Ainda de acordo com o Itamaraty, a Espanha é o segundo maior investidor no Brasil, com estoque de investimentos de US$ 59 bilhões e fluxo anual de US$ 3,3 bilhões. Após o encontro, Lula e Sánchez devem assinar acordos e fazer uma declaração à imprensa. O teor dos pactos ainda não foi divulgado.
A Espanha é uma monarquia, com o rei Filipe II como chefe de Estado, e Pedro Sánchez como chefe de Governo. No ano passado, Lula e o espanhol conversaram pelo menos duas vezes ao telefone. O presidente também visitou Sánchez em 2021, quando não ocupava cargo público, mas preparava sua campanha de 2022.