Lira sugeriu a Lula um "apoio conjunto", já que o chefe do Executivo afirmou que não faria campanha por nenhum nome. "O petista lembrou que, quando o Palácio do Planalto colocou as suas digitais na disputa interna, amargou derrotas, como as vitórias de Severino Cavalcanti, em 2005, e Eduardo Cunha, em 2015". Por sua vez, Lira sugeriu uma abordagem de apoio dos dois lados, indicando que não respaldará um nome que possa obstruir a agenda do governo. A escolha, no entanto, ainda não foi feita.
Atualmente, há pelo menos quatro nomes que podem ser a escolha de Lira: Elmar Nascimento (PSD-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP), Antônio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL). Enquanto isso, o PL de Jair Bolsonaro cogita lançar Altineu Cortes (RJ) ou Sóstenes Cavalcante (RJ).
Na mesma conversa, Lula teria questionado Lira sobre seus planos após deixar o comando da Câmara. Relatos de deputados aliados indicam que Lira ainda não definiu seu destino político até a eleição de 2026. Até lá, especula-se que o Palácio do Planalto possa convidá-lo para assumir um cargo na ligado à administração federal. Não se sabe, porém, se Lira aceitaria, já que seu eleitorado em Alagoas tende a se identificar mais com a centro-direita e poderia não aprovar seu ingresso no governo Lula.