Lula afirmou que as soluções para problemas como fome e desemprego não virão da “extrema-direita racista e xenófoba”. “Só um projeto social inclusivo nos permitirá ter sociedades prósperas, livres, democráticas e soberanas”, enfatizou o presidente.
O petista ressaltou a necessidade de resgatar as tradições humanistas dos líderes africanos na luta pela descolonização: “O momento é propício para resgatar as melhores tradições humanistas dos grandes líderes da descolonização africana”.
Lula também abordou o conflito entre o Hamas e Israel, a quem já assinou um documento elaborado pela África do Sul condenando o genocídio de palestinos, enfatizando a importância de condenar os ataques de ambos os lados. “Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses e demandar a libertação imediata de todos os reféns”, declarou.
Ele defendeu a criação de um Estado Palestino “livre e soberano” como parte da solução para o conflito: “A solução para essa crise só será duradoura se avançarmos rapidamente na criação de um Estado Palestino livre e soberano, reconhecido como membro pleno das Nações Unidas”.
Lula na Cúpula da União Africana. Foto: reprodução
O presidente brasileiro reforçou seu compromisso com a inclusão e a busca por soluções pacíficas para conflitos internacionais durante seu discurso na cúpula africana.
Ainda neste sábado, Lula cumpre uma extensa agenda na Etiópia. Ele se encontrou com autoridades palestinas e está prevista uma reunião bilateral com o presidente de Moçambique. Além disso, participará de um almoço em homenagem aos participantes da cúpula.
Inicialmente previsto, o encontro de Lula com o secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, foi cancelado devido à ausência do português. Lula iniciou sua visita ao continente africano na quarta-feira, com uma reunião no Egito com o presidente Abdel Fatah al-Sisi.