Segundo Cid, Heinze teria aconselhado Bolsonaro a usar as Forças Armadas para confiscar uma urna eletrônica, sem autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), visando testar supostas falhas no sistema eleitoral brasileiro.
“O senador Heinz (sic), que também integrava esse grupo, usava um documento do Ministério Público Militar que dizia que como o país estava em GLO, para garantia das eleições, o senador entendia que as Forças Armadas poderiam pegar uma urna, sem autorização do TSE ou de qualquer instância judicial, para realização de testes de integridade”, afirmou Cid em sua delação.
“O senador encaminhava esse entendimento tanto ao colaborador, quanto ao ex-presidente Jair Bolsonaro para que repassassem esse entendimento ao ministro da Defesa”, explicou o ex-ajudante de ordens.
Além disso, as urnas eletrônicas foram tema de debate durante reunião golpista, ocorrida em 2022, na qual o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, questionou a integridade dos equipamentos e anunciou um plano de “votação paralela” em papel para as eleições de 2022.
Mauro Cid durante depoimento na CPI dos Atos Golpistas. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O ex-ministro também foi alvo da Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, sofrendo busca e apreensão e sendo impedido de deixar o país.