"O que o público viu até agora representa apenas a ponta do iceberg", afirmou Bertholdo. "Ainda não apareceu nem 10% do que ele realmente representa." Bertholdo detalhou sua experiência na prisão, destacando a pressão psicológica e física que afirma ter sofrido enquanto estava sob custódia. Ele também mencionou a manipulação de Moro em processos judiciais, incluindo o uso de órgãos públicos para promover interesses pessoais. "Na prisão, fui procurado por agentes da Abin me propondo a liberdade em troca de acusar o José Dirceu", revelou Bertholdo. "Não tinha nada para acusá-lo; em represália, fui transferido para uma prisão de 6 metros com 30 presos. Tudo por ordem de Moro."
Bertholdo levantou questões sobre a relação entre Moro e o governo de Jair Bolsonaro, sugerindo que as conexões entre o ex-juiz e o ex-presidente da República. "A ligação entre Moro e o governo Bolsonaro ia além do que era divulgado publicamente", disse Bertholdo. "Há uma teia de interesses e influências que ainda não foi totalmente desvendada."
O advogado encerrou a entrevista propondo a formação de uma associação para as vítimas de abusos semelhantes, enfatizando a importância de unir forças para enfrentar situações de injustiça. "O verdadeiro Sergio Moro ainda vai ser revelado", concluiu Bertholdo. "E cabe a nós, como sociedade, garantir que a verdade venha à tona."
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