Para contornar a situação, os auxiliares de Lula planejam buscar uma reaproximação entre Lira e Padilha nas próximas semanas. A continuidade de Padilha no cargo é a orientação atual, apesar das tensões percebidas na relação entre Lira e o ministro. Lira enfatizou que sua insatisfação é direcionada a Padilha, não abrangendo o governo como um todo.
As negociações entre Lira e Lula estão previstas para os próximos dias, onde Lira buscará o apoio do governo para a indicação do próximo presidente da Câmara, além de preparar o terreno para suas aspirações eleitorais futuras. A base de apoio de Lira na Câmara foi fortalecida com a distribuição de emendas, principalmente durante o governo Bolsonaro, ampliando o poder da cúpula do Congresso. No entanto, na gestão Lula, a liberação e execução dessas emendas estão concentradas no Ministério de Padilha. Ministros de Lula defendem a permanência de Padilha no cargo, argumentando que sua substituição fortaleceria Lira em detrimento do Executivo. Em entrevista, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou considerar ultrajante a parcela do orçamento controlada por parlamentares. Nada menos que R$ 53 bilhões.