Investigado por suposto envolvimento em atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, no áudio Zé Trovão responsabiliza Bolsonaro por "entregar" a Presidência para Lula em 2022.
Na mesma gravação, o deputado faz um desabafo sobre seu assessor, Jackson Schubert, sugerindo que este não concorda com as críticas feitas pelo parlamentar a políticos do mesmo espectro. Zé Trovão explica: “Falei [para o assessor Jackson]: ‘cara não é assim que funcionam as coisas. Tu 'tá' viajando. Tu tem que ter um pouco mais de centro, Jackson. Um pouco mais de maturidade para as coisas, cara. Maturidade é o princípio da vida do homem, cara. Se você continuar nessa pegada…'”.
Zé Trovão se pronunciou publicamente e reiterou as críticas: “eu já disse que não concordo com muitas coisas do Bolsonaro. Mas não tem sentido eu falar que Bolsonaro é mau exemplo. Ele é o maior exemplo, não mau. Somente em alguns momentos ele deixou de fazer coisas que eram importantes para não gerar desagrado nacional. Tudo o que tenho devo ao Bolsonaro”, disse Zé Trovão.
Ele acrescentou: "essa parte do áudio ['Bolsonaro é o maior mau exemplo'], para mim, está esquisita. Eu nunca disse que era mau exemplo para ninguém. Eu disse que ele cometeu erros. Não concordo com tudo o que ele fez, mas concordo com 99% do que ele fez. Na minha plena convicção e consciência, eu jamais diria que Bolsonaro é mau exemplo. Mau exemplo é bandido, corrupto, criminoso. Isso ele nunca foi."
O deputado concluiu sua defesa afirmando que Bolsonaro não entregou a eleição para Lula: "o cara [atual presidente] que teve mais de 60 milhões de votos e não pode sair na rua… Como não se pode questionar mais nada no país, a gente tem que aceitar a eleição. Infelizmente, a gente perdeu a eleição”.