O jornalista Joaquim de Carvalho, autor do documentário "Bolsonaro e
Adélio, uma fakeada no coração do Brasil", celebrou o fato de o jornal O
Globo conectar o escândalo da Abin à "facada" de Juiz de Fora, na
campanha presidencial de 2018. "Jornalistas não podem ignorar que a Abin
paralela nasceu no evento de Juiz de Fora. Meus cumprimentos ao Lauro
Jardim", postou Joaquim de Carvalho.
Uma coluna do jornalista Lauro Jardim
no jornal O Globo nesta sexta-feira (26) repercutiu as revelações que o
jornalista Joaquim de Carvalho tem feito no Brasil 247 e na TV 247
acerca do evento de Juiz de Fora (MG) durante a campanha presidencial de
2018.
A reportagem confirma o que já havia sido noticiado por Joaquim de
Carvalho: integrantes da equipe de segurança que atuou em Juiz de Fora –
e que em tese teriam falhado se a narrativa oficial for verdadeira –
foram promovidos e colocados na Agência Brasileira de Inteligência
(Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Isso seria o equivalente a
marcar um gol contra num jogo de futebol e receber um prêmio pago pela
diretoria do time.
Nas investigações sobre a Abin, o ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes, afastou nesta quinta-feira (25) dois
policiais federais que atuaram no evento de Juiz de Fora: Marcelo
Bormevet e Luiz Felipe Barros Felix. Os dois trabalhavam diretamente com
Alexandre Ramagem no órgão de inteligência, o que deixa a pergunta no
ar: por que seguranças que "falharam" em Juiz de Fora passaram a ocupar
uma posição tão estratégica no núcleo bolsonarista.