Em 7 de outubro, um ataque do Hamas contra Israel desencadeou uma instabilidade sem precedentes no Oriente Médio, com Israel lançando uma ofensiva sobre Gaza com a intenção declarada de "aniquilar" o Hamas. No entanto, relatores da ONU alertam para o que chamam de "risco de genocídio".
Mesmo com uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, o avanço israelense, apoiado explicitamente pelos EUA, não foi contido. O Hamas também ignorou apelos internacionais para liberar reféns, embora uma negociação tenha resultado na libertação de cerca de cem deles.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou o perigo iminente de um colapso da ordem pública em Gaza, com pilhagens, desespero e a interrupção de serviços. O informe mais recente da ONU indica que, após alguns dias de trégua, Israel reiniciou sua ofensiva, avançando sobre todas as regiões de Gaza, inclusive áreas designadas como zonas de segurança.
A situação nos hospitais é crítica, com apenas 14 dos 36 hospitais em funcionamento, oferecendo serviços limitados. Doenças e condições relacionadas à falta de higiene estão se propagando, e houve 212 ataques a serviços de saúde, afetando 56 instalações e 59 ambulâncias até 6 de dezembro, conforme documentado pela OMS.