Em novembro de 2016, Mateus Coutinho de Sá foi o primeiro caso de maior destaque a mostrar o quão arbitrárias e sem fundamentos eram as sentenças do juiz Sergio Moro, o "justiceiro" da Lava Jato.
A arrogância do juiz Moro e seus procuradores fanatizados
fez uma vítima com nome e sem emprego e família, o ex-executivo da
empreiteira OAS Mateus Coutinho de Sá, de 36 anos à época.
O justiceiro e sua tropa, que incluía um policial federal condenado que
fazia prisões e um doleiro delator reincidente, condenou Mateus Coutinho
de Sá por supostamente (o advérbio da moda) ter ajudado na distribuição
de propina da Petrobras pela OAS.
Condenado por Moro por corrupção, lavagem de dinheiro e pertencer a uma organização criminosa, Coutinho foi absolvido na última quarta-feira (23) por unanimidade pelos desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Os juízes do órgão de segunda instância consideraram que não havia provas de que ele havia cometido esses crimes.
Ao absolverem Coutinho, os desembargadores aplicaram uma rara derrota em Moro, responsável pela Operação Lava Jato. [Fonte: Folha]
O executivo ficou nove meses na cadeia mesmo se dizendo inocente, e
acabou perdendo emprego e família, graças às acusações da turma do Moro e
à condenação a 11 anos de prisão pelo justiceiro de Curitiba.
Provada a inocência dele, quem vai restituir os dias presos, o tempo
perdido, o emprego perdido, a família perdida, a vida perdida?
Perguntado na época, Mateus disse apenas que queria esquecer aquilo tudo.
Moro segue aí, impune até o momento. Ninguém o conduziu coercitivamente, nem ele teve sua vida achincalhada no Jornal Nacional.
O caso Tacla Duran caiu novamente no esquecimento.
"Justiça tardia não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta." Rui Barbosa