“Eu me refiro especialmente à instabilidade. E à interferência política na nossa instituição”, disse Rodrigues, criticando as sucessivas trocas no comando da PF. Essas mudanças, segundo ele, geraram um “bloqueio de ações”.
“Nenhuma empresa, nenhuma instituição se sustenta, pode ser produtiva com tamanha alternância porque isso implica mudança de diretores, de superintendências”, complementou.
A PF registrou uma das crises mais profundas de sua história ao longo
do governo Bolsonaro. A politização da corporação, que resultou na
troca de quatro diretores-gerais, maior número já registrado desde o
governo de Fernando Henrique Cardoso, expôs o racha interno na PF e
resultou até mesmo na nomeação de delegados para cargos de comando por
razões políticas. Sob nova direção, a corporação investiga eventuais
crimes praticados durante o último governo.