O novo plano estratégico incluirá uma alocação específica de recursos por segmento, abrangendo áreas como solar, hidrogênio, eólica em terra e eólica offshore. As fontes renováveis estão previstas para receber 7% dos investimentos, com uma meta ambiciosa de elevar esse percentual para até 15% ao longo dos próximos anos. Adicionalmente, o plano introduzirá um "banco de reserva" para flexibilidade, permitindo substituições em caso de cancelamento ou adiamento de projetos.
A discussão em torno do novo plano estratégico intensificou as tensões entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e membros do governo, como os ministros Rui Costa e Alexandre Silveira. Questões como o preço dos combustíveis e a aceleração do plano de negócios para impulsionar a indústria naval brasileira têm sido pontos de atrito. Enquanto Prates busca apoio entre os conselheiros minoritários, Costa e Silveira articulam possíveis substituições na liderança da empresa.
Indústria naval – O presidente Lula participou da reunião recente, onde expressou que, mais do que o preço dos combustíveis, o foco está na velocidade e volume com que a Petrobras financiará projetos estratégicos. Esse posicionamento alinha-se especialmente com as ambições do ministro Rui Costa, responsável pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Embora publicamente negue qualquer movimentação para substituir Prates, nos bastidores, Costa continua sendo um ator-chave nas decisões estratégicas da Petrobras. Internamente, representantes do governo no conselho questionaram as apostas da atual gestão em energias renováveis, gerando críticas, principalmente, a projetos de transição energética, como hidrogênio e energia eólica offshore.