O anúncio da ação ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto ao lado dos ministros Flávio Dino (Justiça), José Múcio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil), além dos comandantes das Forças Armadas, general Tomás Paiva (Exército), almirante Marcos Olsen (Marinha) e tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica), e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
A ideia da ação é ampliar os trabalhos das Forças Armadas no combate ao crime organizado. As medidas vão atingir a fiscalização em portos, aeroportos e fronteiras, e serão usadas para tentar uma “asfixia logística” das facções criminosas.
“Esse decreto estabelece a criação de uma operação integrada de combate ao crime organizado e, por isso, estou fazendo esse decreto de GLO especificamente para os portos do Rio de Janeiro, de Santos e de Itaguaí, e os aeroportos do Galeão e de Guarulhos”, afirmou o presidente.
Lula ainda afirmou que a Marinha vai atuar junto da PF nas baias de Guanabara e Sepetiba, no Rio de Janeiro, além dos acessos ao porto de Santos e o lago de Itaipu. Na cerimônia, ele também anunciou que será criado um comitê de acompanhamento integrado coordenado por Dino e Múcio.
As pastas vão apresentar um plano de modernização da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Penal e das Forças Armadas. O objetivo, segundo o petista, é “melhorar a atuação em portos, aeroportos e fronteiras”.
A ação deve durar até maio de 2024 e o ministro da Justiça afirmou que o governo optou por uma GLO nos portos e aeroportos por considerar que seria a melhor maneira de realizar um trabalho integrado. Ele deixou claro, no entanto, que a operação não tem objetivo de “substituir polícias estaduais”.
O anúncio do presidente ocorre após um pedido do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que solicitou apoio do governo federal para o combate às milícias e ao crime organizado no estado. O Palácio do Planalto vem discutindo há semanas ações para auxiliar estados que enfrentam crises na área de segurança pública.