Ao comentar denúncias de violência policial na Baixada Santista, durante a Operação Escudo, Derrite afirmou que parte das notícias divulgadas pela imprensa era falsa.
“Os senhores acham que aquela conversa furada de uma imprensa, uma
parte da imprensa canalha, que solta fake news dizendo que o indivíduo
foi torturado, arrancaram as unhas e depois executado, nenhum laudo do
Instituto Médico Legal apontou hematomas, muito menos sinais de
tortura”, disse o secretário, de acordo com a Folha.
Segundo a Folha, o discurso do secretário durou cerca de 40 minutos. Em nenhum momento, ele teria mencionado medidas da pasta para combater a violência nas escolas. O pronunciamento ocorreu dois dias após uma menina de 17 anos ser morta por um colega em um ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da capital.
Derrite teria sido ovacionado ao dizer que criminosos que atentam contra a vida de policiais serão “caçados”.
“Quando eu falo ser ‘caçado’, preferencialmente será preso. Eu sei que tem órgãos na imprensa aí que estão loucos para soltar uma notinha”, explicou.
O secretário também teria defendido o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dizendo que os níveis de criminalidade não têm relação com a flexibilização da compra de armamentos promovida em seu governo.
“Não é possível que, em 2023, tenha gente que ainda pense no discurso de que, ‘olha, a culpa da criminalidade é que o presidente Bolsonaro flexibilizou [o armamento]’. Isso é uma coisa de quem é cego, ou é enviesado, ou não sabe nada de segurança pública”, disse.
O Metrópoles questionou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) sobre a fala de Guilherme Derrite e aguarda retorno.