Diante do caos implantado por milicianos que tomou conta da capital do Rio de Janeiro na segunda-feira (23), parlamentares que apoiam o governador Cláudio Castro (PL) afirmaram que pedirão intervenção federal no estado. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Amorim (PTB), anunciou que as próximas duas reuniões serão dedicadas exclusivamente a projetos relacionados à segurança.
“A situação exige uma ação imediata e decisiva por parte do Estado para restaurar a ordem e garantir a segurança dos cidadãos”, afirmou Rodrigo Amorim. A decisão também foi apoiada pelo presidente da Comissão de Segurança, Márcio Gualberto (PL), que convocou uma reunião especial para discutir o assunto.
Na esfera federal, a reação mais enérgica partiu dos bolsonaristas, membros da base do governador Cláudio Castro (PL). Eduardo Pazuello (PL), ex-ministro da saúde, ressaltou a importância de ações imediatas e mencionou a lei 13.260, que define terrorismo como atos de destruição.
Já Otoni de Paula (MDB-RJ) defendeu a necessidade de solicitar oficialmente uma ajuda federal, enfatizando a urgência da situação. “Não há mais possibilidade de não pedirmos essa intervenção. Acabou”, declarou Otoni, convocando uma reunião de emergência para discutir as medidas necessárias.
No “Conversa com o Presidente”, podcast semanal de Lula (PT), o presidente anunciou seu plano de reforçar a atuação das Forças Armadas (FA) em portos e aeroportos para combater o agravamento da crise de segurança pública no Rio de Janeiro. Lula pretende intensificar a presença militar para enfrentar questões relacionadas ao narcotráfico, tráfico de armas e o crime organizado na região.
O petista afirmou que já dialogou com Claudio Castro e manifestou a intenção de conversar com o ministro da Defesa, José Múcio, sobre essa estratégia.