Nesta sexta-feira (20), a PF deflagrou uma operação que resultou na prisão de dois agentes da Abin e no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão no âmbito das investigações sobre o escândalo. Um dos alvos do mandado de busca é Caio Santos Cruz, filho do general da reserva Alberto Carlos Santos Cruz, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL).
A investigação aponta que agentes da Abin exploraram uma vulnerabilidade na rede de telefonia por meio da ferramente criada pela empresa israelense Cognyte, desenvolvedora do FirstMile, para rastrear alvos de maneira irregular.
O sistema em questão foi adquirido durante a intervenção federal na
segurança do Rio de Janeiro, no governo Michel Temer (MDB), sob a
justificativa de combater o crime organizado. No entanto, a utilização
massiva da ferramenta ocorreu durante a gestão do delegado Alexandre
Ramagem na Abin, durante o governo Bolsonaro.