O governo do presidente Lula (PT) se mobilizou para enviar ajuda humanitária crucial à Faixa de Gaza, em resposta a uma demanda urgente por purificadores de água e kits de remédios e primeiros socorros.
Em um esforço conjunto entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Itamaraty e o Ministério da Saúde, o país está enviando 40 purificadores de água e cerca de 300 quilos em medicamentos que podem atender até 3 mil pessoas.
O avião KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolará do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (16), às 17h, com destino a Roma, transportando 35 purificadores e os kits médicos. Uma remessa inicial de cinco purificadores de água já foi enviada anteriormente em outro voo para a Europa.
Após sua chegada a Roma, os suprimentos serão transferidos para um avião de menor porte, encarregado de transportar as doações para o Egito. Com a fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza fechada, as autoridades egípcias assumiram a responsabilidade pela logística de todas as doações da comunidade internacional para a região.
Desde que o conflito passou a ficar mais violento, no dia 7 de outubro, o Egito tem endurecido as tratativas para abrir as fronteiras para a saída da população de Gaza. O governo egípcio entende que essa ação poderia causar um descontrole na ida de refugiados ao país africano.
Nos últimos dias, o Itamaraty tem se empenhado na negociação de resgate de brasileiros. Um grupo de 30 pessoas na Palestina aguarda a liberação na fronteira para sair da zona de bombardeios israelenses.
Os diplomatas aguardam autorização para se dirigirem ao aeroporto de Al-Arish, uma das opções para a saída dos brasileiros no Egito. Caso autorizado, o destino pode ser a cidade palestina de Rafah, na fronteira entre Egito e Gaza, onde parte do grupo de brasileiros espera para ser evacuado. Outra parte do grupo está na cidade de Khan Younes, também no sul de Gaza.
Nas últimas semanas, os aviões da FAB já resgataram 916 pessoas de Israel. A ação, vista mundialmente como exemplo de sucesso no resgate de compatriotas, despertou o interesse de países vizinhos, como Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile, para que o governo Lula auxilie no resgate de mais sul-americanos.