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Vidas de dois milhões de palestinos estão nas mãos de um governo abertamente racista, diz documentarista Júlia Bacha

Em entrevista à GloboNews, a documentarista disse que o contexto da guerra na Faixa de Gaza é desesperador

Publicada em 16/10/23 às 14:28h - 10 visualizações

Brasil 247


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Vidas de dois milhões de palestinos estão nas mãos de um governo abertamente racista, diz documentarista Júlia Bacha
 (Foto: Reprodução/GloboNews)
A documentarista Júlia Bacha, especialista em História do Oriente Médio, participou de uma entrevista no canal pago GloboNews e denunciou os crimes de Israel contra a população na Faixa de Gaza. Em sua manifestação, a pesquisadora citou exemplos de resistência pacífica de palestinos e israelenses e disse que Israel promove uma campanha de limpeza étnica na região. “O contexto agora é que a vida de dois milhões de pessoas dentro da Faixa de Gaza está nas mãos de um governo abertamente racista, com apoio completo do governo americano”. Assista:

Leita também matéria da Reuters sobre o conflito no Oriente Médio:

GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu neste domingo “demolir o Hamas”, enquanto os militares israelenses se preparam para iniciar as operações de solo em Gaza, com o objetivo de erradicar o grupo militante, cujo mortal ataque em cidades da fronteira com o Estado judaico deixou a nação atônita.

Israel disse que os cidadãos da Faixa de Gaza devem ir para o sul, o que já foi feito por centenas de milhares de pessoas no enclave controlado pelo Hamas. A região abriga 2,2 milhões de pessoas, cerca de metade na própria cidade de Gaza.

Dentro do município, onde as condições de vida estão se deteriorando e as mortes de pessoas aumentando por conta dos bombardeios israelenses, civis disseram que não têm para onde fugir e que não estão seguros em nenhum lugar. O Hamas pediu que os cidadãos permaneçam onde estão.

Devido ao temor de que o conflito possa sair de controle, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, continua visitando países do Oriente Médio, em busca de evitar a escalada das tensões e assegurar a libertação dos 126 reféns que, de acordo com Israel, foram levados pelo Hamas de volta para a Faixa de Gaza.

Líderes árabes salientaram a importância de proteger os civis de Gaza. O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, que tem a única fronteira viável com o enclave, disse estar negociando a chegada de ajuda humanitária e chamou as ações de Israel de punição coletiva.

Na fronteira com o Líbano, militantes do Hezbollah -- apoiados pelo Irã, que é inimigo regional dos israelenses -- entraram em conflito novamente com forças do Estado judaico neste domingo, realçando as preocupações de que a situação saia do controle na região.

Em ligação com o seu colega francês, o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, alertou para uma possível escalada do conflito caso Israel ataque a Faixa de Gaza, de acordo com a imprensa estatal iraniana.

Netanyahu convocou o gabinete expandido de emergência de Israel, incluindo legisladores da antiga oposição, pela primeira vez neste domingo: “O Hamas pensou que iria nos demolir. Nós é que vamos demolir o Hamas”, disse, acrescentando que as demonstrações de unidade “mandam uma mensagem clara para a nação, o inimigo e o mundo”.

Israel está realizando o bombardeio mais intenso que a Faixa de Gaza já sofreu, em resposta à morte de 1.300 pessoas depois que combatentes do Hamas invadiram cidades israelenses no dia 7 de outubro. Eles atiraram em homens, mulheres, crianças e soldados, além de terem feito reféns. Foi o pior ataque contra civis da história de Israel.

O setor militar israelense contabilizou 279 soldados mortos na ação.

As autoridades de Gaza disseram que mais de 2.300 pessoas foram mortas nos ataques de retaliação de Israel até o momento, um quarto delas crianças, e quase 10.000 ficaram feridas. Os hospitais estão com falta de suprimentos e lutando para lidar com o fluxo de feridos.




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