Herwig foi alvo dessas escutas devido à sua conexão com Tony Garcia, um ex-colaborador da Justiça do Paraná que estava sendo investigado por suposta gestão fraudulenta no consórcio Garibaldi. Este consórcio, que negociava veículos e imóveis, foi acusado por Moro de prejudicar mais de 4 mil pessoas. As evidências presentes no relatório confirmam que Herwig foi grampeado como parte das investigações relacionadas a essas atividades supostamente fraudulentas.
A versão de Moro é que ele nunca demandou gravações contra autoridades com foro de prerrogativa de função. No entanto, os documentos mostram o contrário. Em entrevista a Lima nesta quinta-feira, Moro tentou negar as informações atacando o governo do presidente Lula, alegando ser vítima de "perseguição".
Garcia não economizou palavras ao reagir às declarações de Moro. "O MELIANTE COVARDE @SF_Moro CULPA @LulaOficial PARA SE DEFENDER DO INDEFENSÁVEL!!! Acuado por seus crimes, o patife alega desconhecimento sobre o conteúdo de UMA HORA DE CONVERSA COMIGO gravada pela @policiafederal. Alega PRESCRIÇÃO desses crimes", escreveu o delator na rede social X.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República também foi às redes criticar Moro. "O ex-juiz cometeu crimes durante anos, como se estivesse acima da lei. Que a lei agora chegue para ele e que seja responsabilizado por todo dano que causou ao país", escreveu.