Em entrevista ao Brazil Journal, divulgada na última terça-feira (3), o ex-governador de São Paulo, João Doria, expressou sua visão positiva sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua capacidade de “pacificar o Brasil”.
A declaração vem após Doria ter pedido desculpas publicamente ao petista há dez dias, por comentários feitos durante o período em que o ex-presidente estava detido em Curitiba, devido a condenações relacionadas à Operação Lava-Jato.
Doria ressaltou que Lula tem a oportunidade de “reduzir sensivelmente” o que ele chamou de “visão de confronto” e “posturas divisórias de ‘nós contra eles'”. O ex-governador também sugeriu que o presidente se inspire na liderança de Nelson Mandela, que desempenhou um papel unificador na África do Sul após o período do apartheid.
“Com o mandato que tem para cumprir, ele (Lula) pode ser o agente pacificador do Brasil”, enfatizou o empresário, acrescentando que esta seria uma demonstração de grandeza, mostrando um compromisso em governar para todos os brasileiros, não apenas para os que o elegeram.
Além disso, na mesma entrevista, ele expressou arrependimento pela aliança que fez com o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018. Na época, ele se elegeu em uma dobradinha com o então candidato ao Planalto, que venceu a disputa contra Fernando Haddad (PT).
“O direito ao arrependimento é um gesto de grandeza e de equilíbrio. Sempre que você cometer um erro, peça desculpas, isso eu aprendi com meu pai. Não tenho compromisso com equívocos. Foi um erro também compartilhado por outros milhões de brasileiros”, ressaltou.
O ex-governador ainda reforçou que em alguns momentos ultrapassou os limites da razoabilidade em suas declarações sobre o atual chefe do Executivo e já havia pedido desculpas por tais comentários.