De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a investigação se baseia no Código de Conduta da Alta Administração Federal, que proíbe investimentos em bens afetados por decisões governamentais, especialmente quando a autoridade pública possui informações privilegiadas devido ao cargo.
Durante a audiência, o deputado questionou diretamente o presidente do BC sobre seus investimentos em fundos exclusivos com remuneração pela taxa Selic, mas Campos Neto respondeu apenas sobre suas offshores, empresas abertas em paraísos fiscais, onde a tributação é reduzida ou nula. Ele afirmou que seus investimentos em fundos offshore foram declarados desde o início de sua gestão e que a questão já havia sido resolvida em diversas instâncias, incluindo o Supremo Tribunal Federal (STF).
No entanto, Lindbergh insistiu na pergunta sobre os fundos exclusivos, que são investimentos milionários em aplicações como ações e renda fixa, e não obteve resposta do presidente do BC. Na ocasião, Campos Neto manifestou seu apoio à taxação de super-ricos, fundos exclusivos e offshores, defendendo uma alíquota de 10%.
Aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm cobrado do Banco Central uma maior redução da taxa de juros básica (Selic), para deixar o crédito mais barato, aumentar o poder de consumo da população e ajudar no crescimento da economia.