A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (27), a 17ª fase da Operação Lesa Pátria, que apura os responsáveis que instigaram, financiaram e fomentaram os ataques terroristas em Brasília, no dia 8 de Janeiro. Até agora, oito deles têm identidade confirmadas.
Foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás. Todos eles foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os alvos de prisão são: Aildo Francisco Lima (SP), vulgo Bahia, Basilia Batista (SP) e a advogada Margarida Marinalva de Jesus Brito, do DF. Os dois primeiros estão presos, enquanto a terceira ainda não foi encontrada.
Entre os alvos de busca e apreensão, estão: Danilo Silva e Lima (GO), Osmar Pacheco da Silva (GO), Wanderley Zeferino da Silva (GO), Luciene Beatriz Ribeiro Cunha (MG) e Erli Antonio Fernandes (MG).
Tanto Danilo quanto Osmar e Wanderley são do município de Inhumas (GO) e teriam agido em conjunto com um quarto investigado da mesma cidade, mas ainda não tinham sido alvo das operações até o momento.
Conheça os alvos da Lesa Pátria
Aildo Francisco Lima (SP)
Aildo Lima, mais conhecido como “Bahia”, ganhou destaque em todo o país depois de registrar um vídeo em frente ao Congresso Nacional com um pano branco cobrindo o rosto, que estava sendo usado como máscara. Ele foi capturado pela PF hoje, em São Paulo.
Além disso, o simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi identificado como a pessoa que ocupou a cadeira de Moraes durante uma transmissão ao vivo dos acontecimentos no STF.
Sua residência está localizada em Campo Limpo Paulista, no estado de São Paulo. A plataforma JusBrasil revela que seu nome está associado a 23 processos que se encontram distribuídos por diversos tribunais, com destaque para o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Margarida Marinalva de Jesus Brito (DF)
Advogada, Margarida é suspeita de recolher os celulares de participantes dos atos golpistas para evitar sua identificação. Ela residia em Águas Claras, Brasília, no Distrito Federal, e supostamente fazia parte do Movimento Advogados de Direita.
Basilia Batista (SP)
Basília foi detida um dia após os ataques golpistas na Esplanada dos Ministérios, mas acabou sendo liberada por “razões humanitárias”. A bolsonarista foi presa novamente, mas desta vez em São Paulo, nesta quarta-feira.
Luciene Beatriz Ribeiro Cunha (MG)
Suspeita de incitar os ataques na capital federal, Luciene tem seu nome mencionado em quatro ações na plataforma JusBrasil, a maioria delas no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Erli Antonio Fernandes (MG)
Embora identificado apenas como participante dos atos, há poucas informações disponíveis sobre ele até o momento. Erli foi um dos responsáveis por filmagens dentro do Congresso Nacional, onde expressou sua opinião de que “nós não podemos aceitar isso”. Sua residência estava localizada em Caratinga, Minas Gerais.