O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou uma medida importante relacionada à Operação Lava Jato nesta segunda-feira (18). Ele determinou o envio do relatório do corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, que aborda as movimentações financeiras da operação, para a Polícia Federal.
O anúncio foi feito em meio a uma série de ações envolvendo o Executivo, a PGR (Procuradoria-Geral da República) e o STF (Supremo Tribunal Federal) em relação à Lava Jato. Neste artigo, analisamos os detalhes dessa decisão e seu contexto.
O relatório produzido pela Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) apontou problemas na gestão financeira da Lava Jato e levantou a possibilidade de conluio em relação ao controle de valores provenientes de acordos de delação premiada e leniência firmados com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. A vara responsável por homologar esses acordos estava sob a jurisdição do então juiz Sergio Moro.
Em seu anúncio, o ministro Flávio Dino mencionou que o corregedor, Luís Felipe Salomão, sugeriu a constituição de um grupo de trabalho para aprofundar as análises e adotar medidas preventivas, incluindo a cooperação jurídica internacional.
O ministro concordou com a proposta e enviou o relatório da Corregedoria Nacional para a Polícia Federal para que sejam investigadas possíveis irregularidades relacionadas à destinação dos recursos financeiros na Lava Jato.
O governo petista tem abordado a Operação Lava Jato como uma questão complexa, enfatizando supostos abusos cometidos pela operação, mas também destacando crimes confessados e verbas recuperadas. O ministro Flávio Dino reforçou que, ao receber um documento do CNJ relatando crimes, ele tem a obrigação de encaminhá-lo à polícia judiciária para investigação.
Além disso, está em análise a criação de um grupo de trabalho para examinar a origem e o destino dos recursos mencionados no relatório.
O relatório de oito páginas da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) encontrou irregularidades de 2,1 bilhões de reais durante a gestão de Sergio Moro, hoje senador, como juiz na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela condução da Operação Lava-Jato.