O bolsonarista Rubem Abdalla Barroso Júnior foi a Brasília, em novembro de 2022, participar do acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. Nas instalações improvisadas, ele passou a comandar uma organização que ficou conhecida entre os golpistas como “máfia do Pix”.
Abdalla recebia doações dos bolsonaristas e fornecia três refeições diárias sem cobrar nenhum adicional. A chave Pix dele era compartilhada em grupos de WhatsApp entre os bolsonaristas hospedados na Praça dos Cristais.
Em áudio compartilhado em um grupo de WhatsApp de organizadores do acampamento, ele declarou: “Isso aqui vai tudo para a cozinha do Abdalla”. Uma foto das compras, incluindo 120 garrafas de água, 24 litros de leite, 8 kg de mortadela e 15 pacotes de pão de forma, foi enviada juntamente com o áudio. No entanto, ele ficava com parte do dinheiro.
“Nós já tínhamos denúncia a respeito da ‘máfia do Pix’, que eram […] iam, o tempo inteiro, pedindo para as pessoas que estavam ali que fizessem Pix, exatamente com a intenção de manter o acampamento”, disse em depoimento o coronel Jorge Naime, da Polícia Militar do DF, segundo a Folha de S.Paulo.
Desde o início do ano, Abdalla está foragido pelo envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro. O Supremo Tribunal Federal já decretou sua prisão, mas ao executar duas ordens, a polícia não encontrou ele nos endereços destinados.