O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, teria oferecido à Polícia Federal uma delação premiada para diversas investigações, afirma Andréia Sadi.
De acordo com a jornalista da Globonews, Cid teria concordado em delatar em troca de proteção para ele e sua família. O tenente-coronel desejaria blindar seus parentes - também envolvidos nas investigações - de ameaças e intimidações.
O defensor do militar também ressaltou que Cid era apenas um cumpridor de ordens, o que deve implicar a responsabilidade de Bolsonaro em todos os casos.O tenente-coronel Mauro Cid é investigado por esquemas de falsificação dos cartões de vacina, no comércio e traslado de joias da presidência da República, possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com Walter Delgatti Neto e, tentativa de golpe de estado.
Ele estaria disposto a falar sobre as joias de Jair Bolsonaro, a falsificação dos cartões de vacina e a minuta do golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
Alexandre de Moraes estaria disposto a aceitar a delação premiada do militar que, além de proteção, também exige a saída da prisão preventiva para responder ao processo em liberdade.
Ainda de acordo com Sadi, o Ministério Público Federal é contra a assinatura de um acordo de delação premiada. Contudo, a decisão final é do Supremo Tribunal Federal (STF) e da própria Polícia Federal.