O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (5) a criação de um novo programa que prevê o repasse de até R$ 600 milhões do Fundo Amazônia a municípios. O dinheiro vai ser aplicado em ações de combate ao desmatamento e aos incêndios florestais. Para o novo programa de combate à derrubada de florestas em parcerias com os municípios, serão destinados R$ 150 milhões ainda em 2023, R$ 200 milhões em 2024 e mais R$ 250 milhões em 2025. A transferência do dinheiro a prefeituras vai ocorrer proporcionalmente ao resultado de cada município na redução da destruição da floresta. Os dados poderão ser vistos no programa Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Também foi anunciada a reestruturação da Câmara Técnica de Destinação e Regularização Fundiária de Terras Públicas, duas demarcações de terras indígenas e ações em Roraima: seis novas unidades de conservação (UCs), a instituição da Floresta Nacional do Parima (que fica próxima à Terra Indígena Ianomâmi), a ampliação da estação ecológica de Maracá e do parque nacional do Viruá. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), presidido por Aloizio Mercadante, oficializou um edital de mais de R$ 25 milhões voltado para a restauração da bacia hidrográfica do Xingu.
O presidente Lula comentou sobre o Dia da Amazônia (05/09) e afirmou que o desmatamento no Brasil diminuiu 70% em agosto. De acordo com o Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade (Salve), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 224 espécies estão sofrendo ameaça na Amazônia.