A celebração do Dia da Independência neste ano, a primeira após o governo Bolsonaro, acontece sob a sombra das invasões ocorridas em 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes e em meio a investigações em curso sobre possíveis infrações ou omissões por parte de militares.
Outra preocupação do governo é a segurança do evento, visto que não se descarta a possibilidade de novas mobilizações na data abraçada pelo movimento bolsonarista. Dentro dos grupos de apoiadores de Bolsonaro existe uma divisão entre aqueles que defendem protestos e os que preferem reduzir o impacto do evento, com o objetivo de demonstrar a suposta falta de apoio ao presidente Lula. >>> Brasília terá no 7 de setembro esquema de segurança semelhante ao da posse de Lula
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), encarregado de fornecer assistência direta e imediata ao presidente da República, indicou que as medidas para o 7 de setembro seguirão o modelo adotado durante a posse presidencial. Naquela ocasião, diante de um clima de tensão em Brasília e no resto do país, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) autorizou o emprego da Força Nacional como apoio e mobilizou mais de mil agentes da Polícia Federal (PF). Contudo, os agentes da corporação não participarão do desfile deste ano, devido a uma série de alterações que estão sendo planejadas pela Secom e que ainda não foram tornadas públicas.
Além disso, o governo do Distrito Federal, sob a liderança de Ibaneis
Rocha (MDB), também apresentou uma solicitação ao secretário de
Segurança Pública, Sandro Avelar, para reforçar o policiamento na data.