A popularidade digital do ex-presidente Jair Bolsonaro tem despencado nas rede após operação da Polícia Federal contra seus aliados. Ele já vinha perdendo relevância desde que deixou a Presidência da República, mas a repercussão do caso, somada ao depoimento do hacker Walter Delgatti Neto, fez com que ele tivesse sua pior pontuação desde 11 de maio. A informação é da Folha de S.Paulo.
Os dados são do Índice de Popularidade Digital (IPD), analisado diariamente pela empresa de pesquisa e consultoria Quaest. O instituto calcula 152 variáveis das plataformas Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipedia e Google, e os resultados variam de 0 a 100 pontos.
Em maio, o ex-presidente alcançou 42,41 pontos, abaixo do atual mandatário, Lula, que tinha 43,55 na ocasião. A pontuação de Bolsonaro ficou estável até o dia 30 de junho, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou sua inelegibilidade. Na data, ele tinha 43,34 pontos, contra 53,93 do petista.
O mês seguinte, julho, foi de estabilidade para o ex-mandatário, mesmo com divulgação de relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que apontou que ele recebeu R$ 17,2 milhões via Pix nos seis primeiros meses do ano. Na ocasião, ele teve uma média de 34 pontos.
A partir de 11 de agosto, no entanto, a popularidade digital de Bolsonaro despencou. Com a investigação do suposto esquema de venda ilegal de presentes oficiais, ele caiu de 35,61 pontos para 23,85 no dia seguinte da operação contra seus aliados.
O depoimento de Delgatti à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro dificultou uma reação de Bolsonaro. Durante toda a última semana, o ex-presidente oscilou entre 23 e 25 pontos, menor patamar desde 11 de maio, quando registrou 11,88.
Durante todo esse período, o presidente Lula manteve estabilidade e, atualmente, a diferença entre ele e Bolsonaro é de 26 pontos.