Antigos membros do governo de Jair Bolsonaro (PL), que haviam defendido as posições do ex-presidente perante o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estão agora arrependidos, informa a jornalista Daniela Lima no portal g1.
Atualmente, os aliados bolsonaristas consultados buscam se distanciar de questões consideradas incontornáveis, como o caso da venda de joias, e temem ser implicados em investigações. Os termos que utilizam para descrever o atual cenário legal em torno do ex-presidente são: "uma sucessão inacreditável de erros". As posições que ocupam vão desde ex-ministros a até mesmo integrantes de cortes indicados durante o governo Bolsonaro.
Outro alvo de distanciamento também tem sido o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que chegou até a ser preso por sua atuação enquanto secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Sua situação piorou após a prisão de ex-comandantes da PM do DF na última sexta-feira (18) - os agentes foram flagrados em trocas de mensagens e planos de cunho golpista no âmbito do inquérito sobre os Atos Antidemocráticos de 8 de janeiro.
Nos bastidores das autoridades bolsonaristas, a prioridade agora é
autopreservação, em vez de solidariedade irrestrita aos colegas que
estão sendo pegos nas investigações.